sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

EDUCAÇÃO FISCAL IV

O EU E O NÓS:
ENTRE NARCISOS E EROS


COMUNICAÇÃO

Uma árvore só
(já a viste distante?)
tem a tristeza lamuriante
das coisas isoladas.
Unidas, tornam-se imensas,
de sombra mais densa
em mútua proteção.

As gotas sozinhas,
embora brilhantes,
não passam de pingos
que o vento desfaz.
Unidas são ondas,
subindo, caindo,
criando energia
na rebentação.

O homem sozinho
é no isolamento
fração, fragmento
de realização.

Therezinha Lucas Tusi


Como vivemos em sociedade e o homem é por natureza um ser social, o “EU” só conseguirá realizar grandes proezas dentro do “NÓS”. O que quero expressar é bem a mensagem que a querida amiga poetiza, quis comunicar com sua obra. Reforçar a união, a participação coletiva, a responsabilidade social, a cooperação, fraternidade e a ética planetária.

Dentro dessa visão, a minha atuação no Programa de Educação Fiscal, ganha significado, na medida que, há uma interação com os demais. Ou seja, como coloquei no primeiro fórum, se eu guardar só para mim as informações que recebi realizando esse curso, não estarei auxiliando com a coletividade e possuindo uma postura egoísta, típica do Narciso, da mitologia grega. Mas se ao contrário, eu passar a comunicar e trocar experiências com os meus pares, estarei realizando um processo de construção de redes, com o objetivo que o Programa procura, ou seja, eu estarei “disseminando”. Assim como o Eros, distribuindo flechas de compreensão, respeito e amor para com os demais, pois, estarei oportunizando um crescimento coletivo (meu e dos a minha volta).

Bom, sou professor e tenho um compromisso social com todos os seres que passam por mim. Por essa razão, busco “Insignare”, na concepção latina do termo: marcar com um sinal, atuando na construção do significado do que fazemos. É nessa concepção que todos os conhecimentos gerados e experiências partilhadas na ótica da Educação Fiscal, passam a ser internalizados por mim, protegidos pelo sentimento de pertencimento. EU faço parte de um todo, de um contexto e EU tenho algo a contribuir para que NÓS possamos edificar alicerces revestidos na prática cidadã e que vislumbrem possibilidades de uma vida melhor, com a diminuição das desigualdades sociais e estratégias construtivas para o crescimento regional.

A atual Gestão Municipal de Santiago/RS – a Terra dos Poetas – na qual EU faço parte, está caminhando para um processo onde NÓS seremos atuantes de inúmeras mudanças de paradigmas. É claro que isso é uma caminhada que demanda tempo e paciência, mas já começamos a dar nossos primeiros passos, guiados pelos princípios do Programa Cidade Educadora, que busca uma melhor qualidade de vida para todos seus habitantes.

Coloco isso, pois NÓS temos como meta a Educação Fiscal atuando desde a Educação Formal (em todos os níveis de ensino, da pré escola ao ensino universitário), à Educação Não Formal (inundando as relações humanas, nos diferentes grupos de convivência) e chamando a responsabilidade social das Instituições e segmentos sociais para um trabalho cooperativo e participativo. Interligando as demais ações no que se referem à Educação Ambiental, Patrimonial, Empreendedora, Turística, para o Trânsito, e tantas outras, com a Educação Fiscal, passando a ter uma unidade na busca da formação da consciência cidadã.

Paulo Freire nos diz que: “É preciso plantar as sementes da Educação para colher os frutos da Cidadania.” Portanto é dessa forma que pretendo que minha reflexão torne-se dialética, mediante a interação com os demais, seja no departamento onde atuo, na extensão que a instituição pública possui, no convívio social e religioso que possuo. Pois dessa forma serei, efetivamente, um DISSEMINADOR.

Muito obrigado por esse momento, pelos conhecimentos e amigos que fiz nessa interação virtual, crítica e cidadã. Rodrigo.

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